Autoavaliação
No Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura, a autoavaliação se constituiu como um instrumento fundamental no processo de revitalização, atualização e fortalecimento do Programa. No quadriênio anterior (2013-2016), os resultados da avaliação do PPGLL apontaram fragilidades importantes na proposta, de modo que a nota atribuída pela Comissão de avaliação da CAPES foi três (3). A chegada do quadriênio 2017-2020 trouxe consigo a necessidade de se implementar um trabalho rigoroso de autoavaliação sistemática e contínua para fortalecer e qualificar o Programa, aprimorando o processo formativo de docentes e discentes, qualificando sua produção intelectual e incentivando ações de inserção social e internacionalização.
Desse modo, a iniciativa de implantação de uma política de autoavaliação partiu da Coordenação/Colegiado do Programa, que assumiu a gestão do PPGLL a partir de dezembro/2018. A política de autoavaliação implementada segue as orientações do documento da área de Linguística e Literatura. Já há alguns anos, a Diretoria de Avaliação (DAV) da CAPES tem incentivado os Programas a refletirem sobre suas ações apontando seus pontos fortes e fracos. Durante o quadriênio (2017-2020), observou-se um investimento maior em ações de autoavaliação à medida que se compreendeu que se trata de um importante exercício reflexivo, crítico e analítico frente às especificidades dos Programas de Pós-Graduação (PPG). De fato, a partir de nossa experiência no PPGLL, observamos que a autoavaliação é um instrumento muito relevante para identificar potencialidades e fragilidades, bem como para promover o planejamento estratégico que visa a revisar, corrigir e fortalecer ações, analisar resultados e propor projetos e políticas institucionais alinhadas à qualificação e ao aprimoramento do Programa. Desse modo, ao se propor uma política de autoavaliação no PPGLL, buscou-se institucionalizar a colaboração e a participação ampla e democrática de todos os segmentos do Programa, consolidando assim uma gestão apoiada no planejamento coletivo. Desse modo, no PPGLL, compreende-se que o processo de autoconhecimento é pensado, planejado e executado levando em consideração múltiplos olhares (discentes, egressos, professores, coordenadores e pessoal técnico-administrativo) e que deve, ainda, estar sustentado nos seguintes elementos:
- ações participativas e de corresponsabilidade de todos no processo;
- caráter formativo das ações relacionadas à gestão, ao ensino e à pesquisa;
- investimento na formação discente de alto nível e no fortalecimento da produção de conhecimento;
- transparência nos processos do programa (seleções, editais, chamadas internas) e na divulgação de seus resultados;
- ética no desenvolvimento do processo de autoavaliação.
A implantação de políticas de autoavaliação busca criar condições para a qualificação da produção do conhecimento e da formação de pesquisadores em alto nível, incentivando as ações que vêm sendo desenvolvidas e gestadas nas atividades de ensino, pesquisa (nos projetos, grupos e redes de pesquisa), orientação e extensão. Apoiada no princípio da democracia participativa, a comissão de autoavaliação tomou como ponto de partida a autorreflexão da comunidade acadêmica que se pautou em dois questionamentos: 1) “quem é o PPGLL” (ou quem somos) no cenário local (Alagoas), no cenário regional (Nordeste) e no cenário nacional? e 2) “quem seremos” (ou quem queremos ser) nos próximos anos?
Conscientes dos desafios de se fazer pesquisa científica no Brasil, especialmente nas áreas das Ciências Humanas, compreendemos a urgência de se institucionalizar mecanismos de autoavaliação que se pautem na gestão democrática e compromissada de modo que o interesse coletivo seja considerado em todo o processo de Planejamento, Implementação, Análise de dados, Resultados e Ações Futuras. Desse modo, a autoavaliação colocada em funcionamento no PPGLL, a partir do final de 2018, considera as demandas da comunidade acadêmica e tem como parâmetro os seguintes documentos: o Projeto Pedagógico do PPGLL, a resolução de Pós-Graduação da UFAL e resoluções complementares e os documentos oficiais da Diretoria de Avaliação (DAV/CAPES) e da Coordenação de área. É a partir da triangulação deste corpo documental que foram instituídas as políticas de autoavaliação no nosso Programa. Embasada nestes princípios e parâmetros, à medida que foi sendo institucionalizada, a autoavaliação foi se consolidando como uma ferramenta que tem contribuído significativamente para o planejamento, o fortalecimento e a otimização das ações que vêm sendo implementadas nestes últimos anos.
A implantação de uma política de autoavaliação, coordenada por uma comissão própria, foi muito relevante neste processo de autoconhecimento, de análise crítica e de planejamento estratégico. Dentre os apontamentos da referida comissão, destacam-se as ações de curto prazo, em fase de implementação, e um conjunto de metas para serem alcançadas nos próximos anos, conforme disposto a seguir:
- Buscar a excelência na organização e no funcionamento dos nossos cursos de Mestrado e Doutorado, sobretudo no que se refere à produção discente e docente, à oferta de disciplinas, fluxo discente, desenvolvimento de projetos de pesquisa variados, fortalecendo e ampliando as relações nacionais e internacionais, projetos de extensão com a educação básica, com a comunidade em geral, com outras áreas do conhecimento e outras atividades que possam dar continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Programa insistindo fortemente na relação entre Ensino, Pesquisa e Extensão;
- Promover revisões e, quando necessário, reformulações no que se refere à articulação entre áreas de concentração (Linguística e Estudos Literários), linhas de pesquisa e disciplinas de modo que continuem funcionando colaborativa e dialogicamente para promover a formação e a qualificação de alto nível;
- Viabilizar, quando necessário, revisões e atualizações na legislação do PPGLL (regulamento, resoluções, portarias, etc.) atendendo aos critérios estabelecidos pelo Regimento Geral da Pós-Graduação da UFAL (em processo de redação pela PROPEP/UFAL) e pela CAPES, especialmente, em relação aos prazos de integralização do curso (Tempo Médio de Curso);
- Desenvolver projetos que se proponham a (re)pensar formas de utilização da infraestrutura da Universidade, de um lado, incentivando maior integração do PPGLL com outros PPGs da UFAL e, de outro, ampliando a possibilidade de utilização de laboratórios e núcleos da Faculdade de Letras e da própria biblioteca, desenvolvendo atividades que, alinhadas às diferentes linhas de pesquisa, promovam ações em torno dos múltiplos funcionamentos da linguagem em diferentes situações: trabalho, cotidiano, escola, etc.;
- Aumentar as possibilidades de orientação de: projetos de iniciação científica e iniciação tecnológica; projetos de iniciação à docência como PIBID e Residência Pedagógica; Trabalhos de Conclusão de Curso; e projetos de Extensão, nos cursos de graduação da UFAL, para que os docentes do Programa possam continuar desenvolvendo fortemente a integração com a graduação para além do ensino;
- Intensificar a manutenção e o desenvolvimento de iniciativas com vistas à integração entre a Pós-Graduação, a graduação e a educação básica através de projetos que envolvam essas três modalidades de ensino. No que tange à parceria com a Educação Básica, ampliar ações de extensão para a qualificação de professores da área, de modo a contemplar um número maior de professores da rede pública de ensino;
- Fortalecer e expandir as ações de inserção social do Programa e fortalecer aquelas que já estão em funcionamento, principalmente, a partir de projetos de extensão com a educação básica, em especial, com a rede pública de ensino, a partir de cursos de línguas, oficinas, cursos de formação para professores e palestras, entre outras ações. Desse modo, estimular constantemente o trabalho de inserção social e de visibilidade já em desenvolvimento com apoio e participação de docentes, graduandos, mestrandos e doutorandos através de projetos de extensão com os professores e de cursos de formação que tratam de questões relativas ao cotidiano da sala de aula, a saber: uso da tecnologia, Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), questões de gênero, bullying, direitos humanos, políticas públicas, políticas inclusivas, entre outros temas contemporâneos que venham a ser solicitados pelas entidades de ensino e que necessitam ser amplamente debatidos;
- Ampliar a atuação e a inserção científica do Programa na região Nordeste e em todo o território nacional, estabelecendo relações de trabalho, sobretudo, através de convênios e de projetos interinstitucionais com diferentes IES. Para expandir ainda mais nossa atuação regional e nacional, temos investido fortemente na manutenção dessas relações de trabalho já estabelecidas e, principalmente, na instalação de novos projetos e convênios nacionais, bem como na articulação e consolidação de relações de trabalhos com outras instituições de ensino superior nas cinco regiões brasileiras;
- Intensificar e reforçar os acordos interinstitucionais com projetos de pesquisa de convênios existentes, com vistas a promover a consolidação de pesquisa em rede e de atividades acadêmico-científicas com instituições de ensino superior no âmbito local, regional, nacional e internacional. Ampliar relações científicas com parceiros de outras universidades brasileiras, promovendo a organização e articulação de projetos de pesquisa e/ou extensão em torno das questões de estudo que o Nordeste nos propõe e que são, para nós, absolutamente produtivas e pertinentes, à medida que nos interessamos pela linguagem funcionando na sociedade, em geral, e, nesta região, em particular.
- Investir fortemente em ações de internacionalização, por meio de acordos de cooperação científico-cultural com IES estrangeiras que permitam desenvolver projetos de pesquisa, em conjunto com nossos alunos e professores, em parceria com professores e alunos dessas IES do exterior, tendo como objeto de pesquisa temas de interesse próximos, cuja reciprocidade entre as IES seja multilateral. Além disso, fomentar outras atividades voltadas para a inserção, no exterior, do que produzimos nas Ciências da Linguagem no Brasil, tais como: a participação dos docentes em eventos científicos internacionais; publicação em anais internacionais, publicação de livros e de capítulos de livro no exterior, de artigos em periódicos estrangeiros; participação em comitês científicos internacionais; realização de estágio pós-doutoral, de docentes do Programa, em universidades estrangeiras. Paralelamente, almeja-se acolher em nosso Programa professores e alunos de IES estrangeiras para conferências e outras atividades acadêmicas, dentre elas publicações, aulas, congressos e inserção em comitês científicos. A internacionalização é uma das principais metas do PPGLL a ser desenvolvida nos próximos anos. Ao estabelecer novas parcerias com PGs internacionais, poderemos promover intercâmbios de docentes (para oferta de cursos de curta duração, minicursos, oficinas e palestras) e de discentes;
- A médio e longo prazos, é importante ainda viabilizar, continuamente, ações e projetos que busquem apoio financeiro para o provimento de passagens e diárias, por meio de projetos de pesquisa financiados por agências estaduais e/ou federais, para que discentes e docentes participem de um maior número de eventos e missões nacionais e internacionais;
- Continuar atuando sistemática e publicamente na cobrança, junto à UFAL e às instituições de fomento, por recursos para melhorar a infraestrutura físico-tecnológica do Programa: reforma de salas, instalação de mais aparelhos de ar-condicionado, aquisição de mais computadores, equipamentos eletrônicos e softwares para equipar a sala de defesa permitindo a realização de bancas on-line, além da promoção de melhores condições de acesso à internet e de garantia de ferramentas tecnológicas de uso pessoal (smartphones e computadores), sobretudo de parte dos discentes do Programa, enquanto perdurar a pandemia da COVID-19 e a atuação centralmente remota das instituições de ensino superior;
- Criar condições para que as ações propostas pela comissão de autoavaliação sejam incorporadas ao fluxo cotidiano do PPGLL, promovendo o acompanhamento sistemático da produção docente e discente, no tocante à produção bibliográfica e técnica, observando ainda, o cumprimento de prazos para qualificação e defesa de dissertações e de teses, o acompanhamento de egressos do Programa, a avaliação da oferta de disciplinas, a gestão da Informação do Programa por meio do site (novo e atualizado) e da comunicação entre docentes, discentes, Coordenação, Secretaria e comunidade externa;
- Promover constantemente ações de criação ou promoção de espaços de produção e circulação do conhecimento científico, especialmente, jornadas, colóquios de pesquisas em andamento, eventos regionais, nacionais e/ou internacionais, nas modalidades remota e presenciais (no último caso, quando as condições sanitárias permitam). Com essas ações, estimula-se a produção e a circulação do conhecimento científico de docentes, discentes e egressos, especialmente, em revistas qualificadas. Ao ampliar e reforçar a política de formação para além dos trabalhos de dissertação e tese que são desenvolvidos no Programa, avançamos na consolidação de uma posição de autoria (necessária a um pós-graduando), criando condições intelectuais e institucionais para que os discentes conheçam o processo de produção da ciência, para além do trabalho que desenvolvem no Mestrado ou no Doutorado;
- Incentivar ainda mais a participação dos discentes e egressos nas defesas de dissertação e tese de seus colegas. O PPGLL compreende que esse tipo de ação deve ser estimulado continuamente, pois apresenta um impacto científico muito importante por favorecer a promoção e a divulgação do conhecimento e, sobretudo, preparar este aluno para sua banca, na medida em que ele passa a conhecer a dinâmica de uma defesa, colocando-se na posição do mestrando ou doutorando. Além disso, consideramos relevante dar continuidade às ações de incentivo à escrita acadêmica, estimulando a produção de textos acadêmico-científicos, nas diversas modalidades: apresentações de trabalhos em diferentes eventos, bem como a publicação de anais de congressos, artigos científicos e capítulos de livro;
- Estabelecer uma política para a integralização dos cursos, sustentada em critérios mais rigorosos no que se refere ao cumprimento dos prazos de qualificação e defesa, bem como ações que possam diminuir o número de desligamento de discentes. A partir do percurso traçado no quadriênio (2017-2020), estamos cientes de nossa função como idealizadores e executores de ações e oportunidades que beneficiem a formação e a qualificação acadêmico-científica (seminários, oficinas, etc.) do corpo discente;
- Continuar promovendo a atualização, modernização e internacionalização da revista Leitura, periódico do PPGLL, criando condições para ampliar sua visibilidade e sua inserção social e científica no território nacional e fora dele, bem como alavancar sua avaliação no Qualis CAPES.
No último quadriênio (2017-2020), o processo de autoavaliação foi o centro de debates nas reuniões do colegiado e nas plenárias do Programa, realizadas desde a divulgação do resultado da avaliação quadrienal até os dias atuais. A partir dos debates promovidos no decorrer dessas reuniões, formou-se uma comissão de autoavaliação integrada por docentes das duas áreas do Programa – Linguística e Estudos Literários. De modo mais específico, a referida comissão foi composta da seguinte maneira: um docente de cada linha de pesquisa do PPGLL, um técnico administrativo, um representante discente do PPGLL, um egresso, um discente de graduação (sendo que este apresenta os seguintes pré-requisitos: ser aluno matriculado exclusivamente na Faculdade de Letras e ter cursado, no mínimo, três semestres de curso de graduação) e um representante da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPEP). Desde sua formação, a comissão de autoavaliação deu início ao trabalho de acompanhamento crítico, de leitura e análise do documento de avaliação enviado pela CAPES, bem como de revisão e de proposição de ações com vistas a qualificar e fortalecer o Programa frente à comunidade acadêmica e à CAPES. Pautando nos mecanismos indicados pela comissão de autoavaliação, o PPGLL estabeleceu uma política que englobou diferentes etapas que têm sido desenvolvidas buscando alcançar os objetivos a curto, médio e longo prazo. Tão logo foi instituída a comissão de análise da avaliação se reuniu diversas vezes, leu e discutiu toda a avaliação e produziu um documento com análise detalhada da avaliação e pontos a serem enfrentados nos próximos dois anos. A comissão também indicou a necessidade de realizar orientação individualizada do corpo docente e discente para o preenchimento do Currículo Lattes. Destaque-se que uma parcela significativa de discentes participou das reuniões e deu sugestões, além de se comprometer com a melhoria da produção discente do Programa, item em que o PPGLL apresentou fragilidades. Outra ação importante foi a promoção de reuniões periódicas com a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da instituição – PROPEP/UFAL. Nesses encontros, inicialmente, foram apresentados à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação a situação do Programa e os resultados da avaliação quadrienal. Além disso, solicitou-se apoio efetivo da instituição para desenvolver ações que permitissem melhorar o desempenho do PPGLL, em todos os pontos frágeis listados pelo relatório da CAPES, referente ao quadriênio (2013-2016). Compondo, também, o conjunto de ações planejadas, a comissão de autoavaliação indicou que a coordenação do Programa convidasse representantes de área da CAPES para que pudessem oferecer assessoria ao Programa. Foram recebidas algumas visitas técnicas, a saber, o então coordenador da área de Letras/Linguística, Prof. Demerval da Hora, em seguida, o professor Valdir do Nascimento Flores, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, em 2019, o Prof. José Sueli de Magalhães, atual coordenador adjunto da área de Letras/Linguística. Ainda no final de 2020, o PPGLL atuou em parceria com a Coordenação de Pós-Graduação da PROPEP/UFAL, trazendo para a UFAL o Prof. Robert Verhine, que apresentou palestra intitulada “A autoavaliação na Pós-Graduação como componente do processo avaliativo da CAPES” que teve como público-alvo todos os coordenadores e vice-coordenadores de PPGs da UFAL. Na ocasião, o PPGLL solicitou reunião especial com o Prof. Verhine e a CPG/UFAL. Na ocasião desta reunião, o caso do Programa foi apresentado ao professor visitante que forneceu instruções de autoavaliação que foram imediatamente repassadas pela Coordenação à comissão de Autoavaliação. Tais instruções repercutiram na ampliação da comissão de Autoavaliação (que passou a ter a configuração expressa no começo deste item 1.4.) e no estabelecimento de alguns procedimentos de atuação que foram discutidos com o Colegiado do Programa e são apresentados, mais adiante.
As orientações indicadas por todos os pesquisadores recebidos foram implementadas pelo PPGLL a curto e médio prazo, de modo que, atualmente, o Programa conta com docentes mais produtivos, atuantes em linhas reorganizadas, e com disposição renovada do currículo atendendo assim às metas de desempenho qualitativo da CAPES e da própria UFAL.
Neste processo de autoavaliação que temos desenvolvido, o PPGLL está atento e articulado à política avaliativa da instituição que disponibiliza, por meio de sua Comissão Própria de Avaliação (CPA), instrumentos criteriosos de acompanhamento dos processos para o fortalecimento das atividades de gestão, ensino, pesquisa e extensão, garantindo espaço à crítica e ao contraditório. Dentre as ações que resultam dessa parceria avaliativa entre a IES e o Programa, destaca-se a seguinte ação: a matrícula nas disciplinas do Programa só pode ser realizada após o preenchimento da avaliação institucional relativa ao período anteriormente cursado pelo próprio discente. Essa ferramenta contribui para que haja um acompanhamento mais pontual, por exemplo, da oferta de disciplinas do Programa, da atuação dos docentes, dos recursos tecnológicos, das instalações, entre outros. Além disso, conforme proposta apresentada pela coordenação e pelo colegiado do PPGLL, em parceria com a comissão de autoavaliação, no decorrer do quadriênio, reuniões periódicas com a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da instituição – PROPEP/UFAL – têm sido promovidas, a exemplo das já citadas. Tais reuniões com a Pró-Reitoria objetivavam, num primeiro momento, apresentar a situação do Programa, analisar e compreender as fragilidades do PPGLL apontadas na avaliação do antigo quadriênio para, em seguida, solicitar apoio efetivo no desenvolvimento de ações que permitissem melhorar o desempenho do PPGLL, em todos os pontos sensíveis listados pelo relatório da CAPES. Desse modo, foi solicitado apoio da gestão em diversas frentes, a saber: compra de equipamento adequado para a coordenação (mais computadores e impressoras), novos móveis e condicionadores de ar para as salas dos grupos de pesquisa e para as salas de aula. Foi também apresentada a necessidade de ampliação do corpo técnico-administrativo que atua na secretaria do Programa, posto que havia, até então, apenas dois servidores que se dividiam entre o atendimento ao público e as atividades administrativas. No princípio de 2020, o PPGLL recebeu novo servidor que tem sido fundamental para que o fluxo de tarefas do Programa seja realizado com qualidade e celeridade, de modo equitativo entre os três servidores técnicos e a coordenação do PPG. As demandas apresentadas vêm sendo atendidas e o apoio da instituição tem sido de grande importância, especialmente no que se refere à questão da infraestrutura, do investimento em recursos humanos e à qualificação de docentes em pós-doutoramento. Como se pode observar, a relação do PPGLL com a instituição vem sendo fortalecida a cada ano. Atualmente, há uma forte articulação entre a política de autoavaliação da instituição e aquela implementada pelo Programa, uma vez que ambas almejam a formação de alto nível para mestrado e doutorado, a qualificação de docentes e a busca por excelência em pesquisa e inovação.
O processo de autoavaliação em relação às ações do Programa está sustentando em uma gestão de planejamento coletivo que procura construir mecanismos rigorosos de investigação e análise de dados que contribuam para fortalecer e aprimorar as propostas de melhoria e de qualificação do Programa. Assim, no PPGLL, o processo de autorreflexão vem sendo desenvolvido levando em consideração diferentes posições e múltiplos olhares (discentes, egressos, professores, coordenadores e pessoal técnico-administrativo), buscando promover a autoanálise e autocrítica tanto no que se refere ao diagnóstico de fragilidades e potencialidades, quanto no que diz respeito ao planejamento estratégico de ações a curto, médio e longo prazo que só podem ser alcançadas se houver, efetivamente, um trabalho coletivo. Metodologicamente, o processo de autoavaliação no último quadriênio aconteceu com periodicidade anual tendo como instrumento de coleta de dados um conjunto de questionários (diagnósticos) compostos por perguntas fechadas que foi direcionado aos diferentes segmentos do Programa. Os dados obtidos foram organizados tanto na perspectiva quantitativa, quanto qualitativa e permitiram ter uma visão do geral ao específico, ou melhor, uma cartografia real dos indicadores do PPGLL. A análise destes indicadores permitiu apresentar propostas de ações a serem implementadas, com o objetivo trabalhar pontos sensíveis e pontos de atenção mais urgentes, bem como propor atividades e metas para fortalecer as potencialidades identificadas. Os resultados do processo de autoavaliação e a política do Programa no que se refere ao acompanhamento do processo têm sido compartilhadas com a comunidade acadêmica por meio de reuniões e assembleias. O acompanhamento e a aplicação dos resultados têm sido feitos pela coordenação e pelo colegiado do PPGLL. Ao final de cada ano, à coordenação e ao colegiado cabe a análise e a meta-avaliação de todo o processo desenvolvido.
Em relação à avaliação dos discentes, o PPGLL, por meio de Resoluções próprias, regulamentou o funcionamento dos cursos de mestrado e doutorado no que se refere aos direitos e obrigações do corpo discente, especialmente, quanto à sua admissão, permanência e obtenção dos títulos de mestre e doutor. Nessa perspectiva, sustentada em critérios avaliativos rigorosos, a avaliação da aprendizagem dos discentes acontece de modo contínuo e permanente, englobando as diferentes atividades que compõem a formação do discente, a saber, ensino, pesquisa, extensão e produção intelectual. Cabe destacar que o PPGLL tem desenvolvido uma política de incentivo à produção discente segundo a qual, obrigatoriamente, todos os discentes do PPGLL devem apresentar produções bibliográficas e técnicas qualificadas antes da defesa de seus trabalhos de Mestrado e Doutorado. Em 2020, essas políticas da produção bibliográfica foram intensificadas, especialmente, com a aprovação de uma resolução, de caráter emergencial, para regular questões referentes à integralização de atividades no PPGLL, durante o período de pandemia. A resolução emergencial institucionalizou um conjunto de atividades Programadas (publicação em periódico com Qualis A e B, publicação em livro com Conselho Editorial, participação em eventos científicos nacional e internacional com apresentação de trabalho e estudos dirigidos) para contabilizar créditos referentes à integralização dos cursos, permitindo com isso a dispensa de disciplinas. Dentre as possibilidades, deve-se destacar as atividades relativas à produção e à circulação do conhecimento científico, preferencialmente, inscrevendo o pós-graduando numa posição de autoria. No mesmo ano, regulamentou-se a possibilidade de discentes com alto rendimento e bons níveis de produção bibliográfica, com dissertações de qualidade elevada atestada por bancas avaliadoras, acenderem diretamente do mestrado para o doutorado (procedimento regulamentado pela Resolução PPGLL n. 3/2020, que “Estabelece critérios internos para a promoção antecipada e direta do Mestrado para o Doutorado”).
No que se refere ao ano de 2020, tivemos os seguintes dados de produção bibliográfica discente: 1 artigo em periódico A1; 14 artigos em periódicos B1; 19 artigos em periódicos B2; 1 artigo em B3; 1 artigo em B4, 2 artigos em B5, além de 5 artigos em periódicos ainda sem Qualis na Área de Linguística e Literatura, totalizando um conjunto de 43 artigos publicados no ano por discentes do Programa. No âmbito da produção em livros com conselho editorial, houve a publicação 17 capítulos em autoria exclusiva de discentes, enquanto houve uma coletânea organizada exclusivamente por um discente do Programa. Quanto à produção técnica de discentes foram, em 2020, 54 trabalhos apresentados no ano, que se somam a diversos outros serviços técnicos desempenhados. Assim, um total de 79 produções bibliográficas de discentes foram registradas no PPGLL, ao lado de um total de 59 produções técnicas realizadas por discentes do Programa no ano, o que indica um engajamento significativo de nossos alunos em atividades acadêmicas. O expressivo número de produção bibliográfica (escrita de artigos científicos, resenhas, livros e capítulos de livros) está especialmente vinculado às medidas tomadas institucionalmente para o desenvolvimento de uma consciência autoral em nossos estudantes tanto de doutorando quanto de mestrado.
É preciso comparar esses números com a produção discente dos outros três anos do quadriênio: 2017, 2018 e 2019. Em 2018, a Coordenação e o Colegiado do PPGLL realizaram um cuidadoso trabalho de indicação de dados de produção discente, focando sobretudo na produção bibliográfica. Esse trabalho foi intensificado no biênio 2019-2020, através de tutoriais com os discentes sobrea importância do correto preenchimento do Lattes e do preenchimento de produção discente ao longo do biênio. Em 2019, contabilizaram-se 48 produções técnicas realizadas por discentes do PPGLL, sendo 31 apresentações de trabalhos em eventos acadêmicos, 2 cursos de curta duração ministrados, 6 organizações de eventos, dentre outros serviços técnicos. Quanto aos artigos publicados em periódicos qualificados por discentes foram 40 ao todo, assim distribuídos em 2019 nos estratos de maior impacto: A1 – 2 publicações; A2 – 1 publicação; B1 – 13 publicações; B2 – 15 publicações. Quanto à publicação em livros foram 30 capítulos, 5 livros autorais e 4 livros organizados por discentes. Tais números, adicionados às traduções realizadas e publicações em anais de eventos contabilizam um total de 90 produções bibliográficas discentes no referido ano. Somando-se a produção técnica e bibliográfica de discentes, no ano de 2019, chegamos ao número de 138 produções totais.
Em 2018 tivemos os seguintes dados de produção discente: 2 artigos em periódicos A1, 12 artigos em B1, 17 artigos em B2, dentre um total de 42 artigos publicados em periódicos. Houve 4 organizações de volumes, 19 capítulos de livros, 12 trabalhos completos publicados em anais e 153 apresentações de trabalhos em eventos científicos. Vários itens de produção técnica, para além das apresentações de trabalhos em congressos/seminários, foram reportados, como por exemplo, organização de eventos (17), orientações de graduação e especialização (24), elaboração de pareceres científicos (15) e ensino em cursos de curta-duração (10). Registramos, apenas em 2018, um total de 378 produções bibliográficas e técnicas de discentes do Programa.
Finalmente, no primeiro ano do presente quadriênio, 2017, tais são os números referentes à produção discentes: 13 produções técnicas, sendo 12 apresentações de trabalhos em eventos acadêmicos. Quanto à produção bibliográfica, foram 4 trabalhos publicados em anais e 11 publicações de artigos em revistas, dentre os quais destacamos aquelas publicadas em revistas dos estratos A1 a B2: A1 – 1 publicação, A2 – 1 publicação, B1 – 5 publicações e B2 – 3 publicações. No que diz respeito à publicação em livros, foram 2 capítulos de livro. Somando-se a produção técnica e bibliográfica de discentes, no ano de 2017, chegamos ao número de 30 produções totais.
Diante de tais dados do quadriênio, é possível notar que houve uma ampliação significativa dos níveis de produção discente a partir de 2018 e, ainda, que a comunidade conseguiu manter estáveis esses níveis de produção mesmo em 2020, ano de calamidade sanitária em nível global. Do discreto número de artigos publicados em periódicos qualificados pelos estudantes em 2017 – 11 ao todo – passamos a uma média de 40 a 43 publicações nos anos de 2018, 2019 e 2020, portanto, neste quesito, a produção discente quadruplicou nos três últimos anos do quadriênio. Também a ampliação dos números de produção técnica discente é significativa na passagem de 2017 para os demais anos. Se nos detemos sobre o número de apresentação de trabalhos por estudantes em congressos/simpósios/seminários, vemos a expressiva ampliação de 12 trabalhos em 2017 para, no mínimo, 30 apresentações nos demais anos (portanto, o número de apresentações pelo menos dobrou em relação à marca de 2017). Mesmo em 2020, ano da pandemia da COVID-19, mais de 50 trabalhos foram apresentados por discentes em eventos realizados na modalidade online. Faz-se importante, todavia, destacar que o fato de não ser possível importar dados de produção discente do Lattes prejudica significativamente a tarefa de reportar a produção discente adequadamente, mesmo que a atual coordenação, corpo técnico e corpo discente do PPGLL tenham envidado todos os esforços para a inserção manual e individual pertinente desses dados. Neste sentido, acreditamos que os números registrados na Plataforma Sucupira referentes ao ano de 2017 podem não ser compatíveis que a real atuação de discentes, posto que, naquela altura, não havia, ainda, a institucionalização, via coordenação e colegiado do programa, do preenchimento de dados discentes e docentes, na Plataforma, como trabalho prioritário. Acrescente-se que, até dezembro de 2019, o PPGLL dispunha de apenas um único servidor técnico-administrativo para atuar exclusivamente no Programa, o que comprometia o poder de ação deste mesmo servidor dividido entre muitas tarefas. A partir de janeiro de 2020, como já se disse, o PPGLL, após insistência da coordenação do Programa e da Direção da Faculdade de Letras (a que este PPG é vinculado) junto à gestão central da UFAL, passou a contar com mais um técnico-administrativo no setor, o que ampliou a capacidade de atuação administrativa e de atendimento ao público do Programa.
Já no que se refere à avaliação e formação continuada do professor, nos últimos anos, o PPGLL vem estabelecendo profícuas relações de trabalho, em nível nacional e internacional, que se concretizam sob a forma de convênios de cooperação, intercâmbios ou outras iniciativas, como organização de eventos, participação em pesquisas, publicações conjuntas, participação em bancas, etc. Estas relações têm um impacto importante na formação e na qualificação contínua do nosso corpo docente. Estimuladas e reforçadas especialmente no último quadriênio, tais relações de trabalho foram e estão sendo construídas a partir de uma história de articulações do corpo docente com pesquisadores de instituições brasileiras e estrangeiras. As atividades interinstitucionais de cooperação acadêmico-científica desempenham um papel fundamental no estreitamento de laços acadêmico-científicos já que se constituem como um espaço de diálogo, de reflexão, de produção, de circulação e atualização do conhecimento, de forma sistemática e contínua. Como resultado desse investimento na formação e na qualificação docente, ao final do ano de 2020, o quadro docente do Programa ficou composto, majoritariamente, por docentes pós-doutores que somam um total de 19 docentes (mais de 79% do atual corpo docente permanente do PPG). Além dessas ações, almejando a qualificação de alto nível do corpo docente, o PPGLL, por meio de parceria com seus grupos de pesquisa, com a direção da Faculdade de Letras, com as coordenações dos cursos de Letras da UFAL dos campi Arapiraca e Sertão, e com a PROPEP/UFAL, tem apoiado, tanto em termos financeiros, quanto em termos logísticos e administrativos, a participação de professores e pesquisadores estrangeiros em diversas ações locais nos últimos anos, bem como a participação de nossos docentes e pesquisadores em atividades no exterior, promovendo o diálogo necessário para a consolidação de uma agenda de internacionalização do Programa. Em 2020, com o advento de novos formatos de organização de eventos científicos e, inclusive, de aulas remotas, essas parcerias têm se fortalecido cada vez mais.
Considerando todo o exposto, a comissão de autoavaliação, por meio de instrumentos elaborados pelos seus membros, como o questionário de autoavaliação e o formulário de recredenciamento, tem conseguido acompanhar com rigor diferentes ações (tanto àquelas ligadas à formação, quanto àquelas relacionadas à produção intelectual) de seus docentes. Além disso, seja por meio dos instrumentos de avaliação criados pela comissão do PPGLL, seja por meio das ferramentas propostas pela CPA da UFAL, o desempenho do docente em sala de aula e sua atuação como orientador também têm sido avaliados. De acordo com os resultados alcançados, observou-se que 80% dos docentes têm, atualmente, desempenho excelente no que se refere aos quesitos em pauta. No que se refere à avaliação docente, a partir do percurso traçado para o presente quadriênio, estamos cientes de nossa função como idealizadores e executores de ações e oportunidades que beneficiem a formação, a qualificação e a avaliação acadêmico-científica do corpo docente. Sempre há possibilidade de otimização dos processos e a comissão de autoavaliação tem também este papel de fortalecer as potencialidades e trabalhar continuamente para a excelência do ensino e da pesquisa na pós-graduação.
As ações propostas pela comissão de autoavaliação produziram um impacto muito positivo no PPGLL. À medida que se instalou uma política de autoconhecimento, de autorreflexão e, especialmente, de autocrítica, o PPGLL produziu gestos de análises importantes que permitiram (re)conhecer suas fragilidades e potencialidades. Tendo feito essa cartografia do Programa, foi possível, então, construir efetivamente uma política de autoavaliação e, a partir dela, apresentar um planejamento estratégico a ser desenvolvido a curto, médio e longo prazo. Os resultados da autoavaliação têm contribuído significativamente para fomentar a formação de uma cultura de avaliação para ampliar continuamente o nível de participação de todos os agentes que compõem a pós-graduação (discentes, egressos, professores, coordenadores e pessoal técnico-administrativo) para que possam conhecer melhor o Programa e intervir, quando possível, com proposições construtivas que visem seu pleno desenvolvimento institucional. Ademais, os produtos da autoavaliação permitem acompanhar e visualizar detalhadamente todo o processo e as ações que constituem a pós-graduação, de modo a observar se os objetivos e metas definidos para um determinado período foram atingidos e em que proporção, permitindo assim traçar estratégias para superar os problemas encontrados e tomar as decisões necessárias para resolução dessas questões.
É com base nos processos, procedimentos e resultados da autoavaliação que o PPGLL produziu uma Resolução que implementa a Política de Autoavaliação do Programa. Articulado aos instrumentos avaliativos apresentados pela Comissão Permanente de Avaliação (CPA) e às orientações estabelecidas pela UFAL em seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI/2019-2023), este documento foi aprovado pelo Colegiado do PPGLL e instala efetivamente a autoavaliação como uma prática contínua e necessária ao fortalecimento, à qualificação e à consolidação do PPGLL como um programa de formação em alto nível. Tal Resolução resolve:
Art. 1º – Institucionalizar a política de autoavaliação no âmbito do Programa de Pós-graduação em Linguística e Literatura da Universidade Federal de Alagoas (PPGLL – UFAL).
Art. 2º – Aprovar o Projeto de Autoavaliação Sistemática do PPGLL.
O documento pode ser consultado na íntegra no site do PPGLL e comporta o PROJETO DE AUTOAVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DO PROGRAMA. Tal projeto está alicerçado nos seguintes pontos: a) descrição da política de autoavaliação no âmbito do PPGLL; b) princípios norteadores; c) objetivos; d) Participantes da Autoavaliação; e) Periodicidade do Processo e Período Avaliado; f) Instrumentos de Coleta de Dados; g) análise dos dados; h) Formas de disseminação dos resultados; i) Acompanhamento e uso dos Resultados; j) Meta-Avaliação. Com tal medida, ensejamos que a Política de Autoavaliação seja permanente neste PPG, envolvendo toda a sua comunidade (docentes, discentes egressos e corpo técnico).