E-book: UTOPISMOS À VISTA 2 – CORPOS, ESPAÇOS, TEMPOS
Apresentação
Vislumbrar os horizontes da esperança, contemplar os signos e as formas dos sonhos acordados, imergir nos espaços indesejáveis do caos, na busca por um fio de esperança. Tais impulsos, utópicos ou distópicos, partem inevitavelmente da observação: do entorno, de si nesse entorno, do tempo de permanência nele ou de projetá-lo em um futuro desejado, e até em um presente ou passado paralelo. Por esse motivo, parecenos relevante direcionar o olhar para esses três importantes referenciais: o corpo, o espaço e o tempo, e os possíveis diálogos com os utopismos e distopismos. Esta sequência do Utopismos à vista, da série Movências da utopia, dá ênfase, justamente, às poéticas visuais originadas desses entrecruzamentos formados 9 pelas representações do corpo, do tempo e do espaço em contextos utópicos/distópicos. Daí o título Utopismos à vista – corpos, espaços, tempos, volume que traz em seus capítulos as expressões verbais e visuais observadas nessas três dimensões. Esta é a segunda coletânea voltada para as interfaces entre utopismos/distopismos e visualidades, produzida pelo grupo Literatura e Utopia; e o quinto livro da referida série, que vem se consolidando como um marco importante na história do nosso grupo.
Formado por treze capítulos da autoria de pesquisadores e pesquisadoras da área dos Estudos Críticos da Utopia, esta coletânea põe em relevo os diversos diálogos entre os fenômenos utópicos/distópicos e as poéticas da visualidade, e investiga os efeitos produzidos por esses elementos quando relacionados com o corpo, o espaço e o tempo, por meio de análises culturais, sociais e históricas. Dentre as expressões visuais selecionadas nesta edição, estão as pinturas, o cinema, as iluminuras, as narrativas gráficas, as tatuagens, as séries televisivas, as animações e até experimentos estéticos de cartografias do imaginário, como o Atlas de Warburg, em elaborada comparação com a “biblioteca de Borges”, adicionando novas geografias e novos espaços ao debate sobre as interfaces entre as poéticas da visualidade e os utopismos e distopismos que temos vivenciado. Em suas figurações de corpos, espaços, tempos, essas expressões visuais suscitam, de modos diversos, olhares sobre os modos utópicos, distópicos e/ou antiutópicos por elas engendrados, considerando as escolhas e procedimentos estéticos, o suporte e o locus de suas representações.
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