Teses e Dissertações
Acesse o repositório institucional da UFAL e conheça os trabalhos defendidos no PPGLL.
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Apresentação
O Cine Axé nasceu como uma atividade da Casa de Iemanjá e, em 2025, tornou-se um projeto do Núcleo de Cultura Afro-brasileira Iyá Ogun-te (ONG). Neste mesmo ano, a instituição foi chancelada como Ponto de Cultura pelo Ministério da Cultura.
Essa primeira fase do Cine Axé teve como objetivo promover a formação continuada, entretenimentos, rodas de diálogos, reflexões e debates, utilizando o lúdico e a sétima arte como instrumento de promoção do encantamento e da conscientização étnico-racil.
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O reconhecimento institucional reafirma a importância da iniciativa como referência para políticas públicas voltadas à promoção da cultura afro-brasileira e à formação cidadã comprometida com a diversidade e com os direitos humanos.
Esta nova edição dá continuidade e aprofunda nosso projeto de formação antirracista, ampliando suas possibilidades de aplicação no cotidiano escolar. Nosso propósito é fortalecer a atuação docente indicando materiais que contribuam para a construção de práticas educativas comprometidas com a equidade racial, sensíveis à diversidade e voltadas à valorização das experiências culturais afro-brasileiras.
Maceió, inverno de 2025.
Os organizadores
Apresentação
Historicamente, os sentidos que foram/são formulados em torno da designação Sertão estão atravessados pelo jogo imaginário, pelos estereótipos e pela discriminação que colocam em funcionamento processos de significação em torno do Sertão produzindo como efeito de sentido a projeção de um território inóspito, de um lado, potencializado pela seca, pela fome e pela violência; de outro, consequentemente, ressignificado pela (re)existência de seus habitantes que, em situações tão adversas, conseguem (sobre)viver. Como destaca Agra do Ó (2011, p. 27), é importante sempre lembrar que “muito da credibilidade de certas noções deriva apenas de sua repetição, e que os estereótipos e as categorias redutoras que emergem de verdades naturalizadas nos limitam ao invés de no favorecer”.
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A análise dos discursos de e sobre o Sertão Alagoano nos remeteu a diferentes condições de produção do conhecimento linguístico na sociedade e na história. Ao articularmos o conhecimento científico da área de Letras às questões sociais e regionais, reforçamos o tripé fundamental – ensino, pesquisa e extensão – das universidades brasileiras e promovemos a articulação e a multiplicação de conhecimentos acadêmicos-eruditos e de saberes sociais-tradicionais. Além disso, criamos condições para que, de um lado, a sociedade tome conhecimento e reflita sobre os processos de produção de sentidos que são postos em funcionamento nos discursos sobre o Sertão e, de outro lado, para que ela contribua produzindo discursos de (do o Sertão) alterando assim os modos de dizer e de significar o Sertão Alagoano, produzindo práticas de consenso e/ou de resistência à institucionalização de sentidos sobre a região.
A presente publicação resulta, pois, das atividades desenvolvidas no âmbito do Projeto “Discursos de e sobre o Sertão: Língua, Memória e História”, desenvolvido, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (FAPEAL), no período de 2022 a 2025. Este projeto de pesquisa reuniu pesquisadores de diferentes níveis de formação acadêmica que tomaram a linguagem como objeto de análise e de interpretação dos processos históricos e sociais em torno do Sertão Alagoano. A obra está dividida em duas partes que compreendem, respectivamente, “Língua, história e memória” (Parte I) e “Linguagens, arte e cultura” (Parte II). Além desta coletânea, as atividades desenvolvidas no âmbito do referido Projeto de Pesquisa, nos permitiram organizar a Enciclopédia Digital do Sertão (EnciDiSer) que reúne um conjunto de verbetes com discursos do Sertão, organizado por estudantes do Curso de Letras, campus Sertão, que participaram das atividades do projeto. As pesquisas realizadas apontam para a pluralidade e para as potencialidades da temática aqui apresentada. O Sertão é um mar de possibilidades científicas, culturais e artísticas. Mergulhe!
Maceió, verão de 2025.
Débora Massmann
Apresentação
Entre margens, escutamos o que resiste, o que pulsa, o que escapa às centralidades do poder e da representação. É nesse lugar simbólico, político e geográfico que se inscreve a coletânea Entre Margens: Literatura, Arte e Feminismos Plurais, uma obra que se propõe como território de cruzamentos e encontros entre vozes dissidentes, saberes insurgentes e práticas artísticas comprometidas com a transformação do mundo.
Organizada por Débora Massmann e Yanina Vidal, com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES/Brasil), por meio do Programa Move la América, a coletânea reúne pesquisadoras/es, autoras/es, artistas e ativistas que, a partir de seus lugares de fala e de criação, contribuem para um debate crítico e afetivo sobre os feminismos plurais que emergem do Cone Sul, com especial atenção aos contextos do Brasil, Argentina e Uruguai.
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Destinado a pesquisadoras(es), estudantes, artistas e a todas as pessoas interessadas em estudos de gênero, crítica literária, teoria decolonial, arte contemporânea e culturas latino-americanas, este livro é, ao mesmo tempo, um gesto acadêmico e um ato político. Um gesto de valorização dos saberes situados, dos encontros possíveis e das lutas que se travam e se criam entre margens.
Que esta coletânea possa abrir caminhos para novas leituras, novos diálogos e, sobretudo, novas escutas. Escutas que reconheçam nas margens não o silêncio, mas a força criadora de múltiplas vozes que insistem em existir, resistir e reinventar o mundo.
Maceió, primavera de 2025.
As organizadoras
Acesse o repositório institucional da UFAL e conheça os trabalhos defendidos no PPGLL.
Apresentação
Em novembro de 2024, realizamos o III Encontro Integrado de Trabalhos Acadêmicos em Andamento (EITA), atividade que compõe o calendário anual do Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura da Universidade Federal de Alagoas (PPGLL/UFAL).
Pela primeira vez, o encontro aconteceu de forma presencial e a programação foi composta por apresentações culturais afro-brasileiras, palestras de docentes da área de linguística, palestras de docentes da área de literatura, apresentação de trabalhos acadêmicos de discentes das duas áreas e um encontro com o coordenador de área da CAPES.
Foi uma semana acadêmica dedicada exclusivamente ao compartilhamento de ideias, projetos e inquietações entre docentes, discentes, técnicos e convidados do PPGLL. A proposta de promover um intercâmbio entre as pesquisas atualmente desenvolvidas no programa e entre os trabalhos concluídos e premiados no decorrer dos 35 anos de trajetória do PPGLL foi impulsionada pelo intuito de mobilizar a comunidade acadêmica local para conhecer e avaliar o histórico percorrido e projetar, coletivamente, a continuidade, a renovação e o aprimoramento dos cursos de mestrado e doutorado em linguística e literatura ofertados pela UFAL.
É importante observar que o PPGLL é o programa de pós-graduação mais antigo da UFAL e o único ofertado na área de linguagens no estado de Alagoas. O programa acolhe pesquisas de relevância científica, política, social e cultural, contribuindo com o avanço dos estudos linguísticos e literários desenvolvidos contemporaneamente no cenário nacional. Dialogando com as tendências críticas em ascensão no Brasil e no mundo, diversos projetos do PPGLL visam problematizar questões como a configuração da identidade do sujeito sertanejo; elementos discursivos que permeiam a sociedade e formam a atmosfera do mundo do trabalho informal; a complexidade de expressões literárias indígenas e quilombolas; o mapeamento da produção literária desenvolvida na contemporaneidade alagoana; o atual contexto da educação básica brasileira; elementos discursivos que formam a estrutura social e favorecem a desigualdade de gêneros; etc. Compreendemos, portanto, que em diálogo com outros programas de pós-graduação, o PPGLL contribui, à sua maneira, para a redefinição um projeto de nação. Em um país outrora colonizado e que ainda experiência consequências advindas de um longo período de escravidão institucionalizada, cabe ao universo acadêmico participar do projeto de emancipação cultural ainda em curso no Brasil.
Este e-book foi realizado em celebração aos 35 anos do PPGLL. Nele, reunimos algumas propostas de pesquisa desenvolvidas por discentes e docentes do programa. Com esta publicação, visamos promover a ampla circulação do conhecimento científico desenvolvido na área de linguagens em Alagoas e, eventualmente, estimular futuras parcerias interinstitucionais. Lembramos e agradecemos o apoio financeiro da CAPES, da FAPEAL e SECULT. O suporte ofertado por essas agências de fomento à pesquisa são fundamentais para a manutenção do funcionamento e para o avanço do trabalho desenvolvido em nosso programa de pós-graduação. Que continuemos na busca incessante pela excelência científica e pela democratização do acesso à educação superior no estado de Alagoas.
Os/As organizadores
Maceió, verão de 2025
E-book-TextosCompletos-IIIEITA
Apresentação
Vislumbrar os horizontes da esperança, contemplar os signos e as formas dos sonhos acordados, imergir nos espaços indesejáveis do caos, na busca por um fio de esperança. Tais impulsos, utópicos ou distópicos, partem inevitavelmente da observação: do entorno, de si nesse entorno, do tempo de permanência nele ou de projetá-lo em um futuro desejado, e até em um presente ou passado paralelo. Por esse motivo, parecenos relevante direcionar o olhar para esses três importantes referenciais: o corpo, o espaço e o tempo, e os possíveis diálogos com os utopismos e distopismos. Esta sequência do Utopismos à vista, da série Movências da utopia, dá ênfase, justamente, às poéticas visuais originadas desses entrecruzamentos formados 9 pelas representações do corpo, do tempo e do espaço em contextos utópicos/distópicos. Daí o título Utopismos à vista – corpos, espaços, tempos, volume que traz em seus capítulos as expressões verbais e visuais observadas nessas três dimensões. Esta é a segunda coletânea voltada para as interfaces entre utopismos/distopismos e visualidades, produzida pelo grupo Literatura e Utopia; e o quinto livro da referida série, que vem se consolidando como um marco importante na história do nosso grupo.
Formado por treze capítulos da autoria de pesquisadores e pesquisadoras da área dos Estudos Críticos da Utopia, esta coletânea põe em relevo os diversos diálogos entre os fenômenos utópicos/distópicos e as poéticas da visualidade, e investiga os efeitos produzidos por esses elementos quando relacionados com o corpo, o espaço e o tempo, por meio de análises culturais, sociais e históricas. Dentre as expressões visuais selecionadas nesta edição, estão as pinturas, o cinema, as iluminuras, as narrativas gráficas, as tatuagens, as séries televisivas, as animações e até experimentos estéticos de cartografias do imaginário, como o Atlas de Warburg, em elaborada comparação com a “biblioteca de Borges”, adicionando novas geografias e novos espaços ao debate sobre as interfaces entre as poéticas da visualidade e os utopismos e distopismos que temos vivenciado. Em suas figurações de corpos, espaços, tempos, essas expressões visuais suscitam, de modos diversos, olhares sobre os modos utópicos, distópicos e/ou antiutópicos por elas engendrados, considerando as escolhas e procedimentos estéticos, o suporte e o locus de suas representações.
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Marcus V. Matias
Ildney Calvalcanti
Thayrone Ibsen
Mariano Paz